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Decisão política de retomar compra de energia da Venezuela está tomada, diz ministro

Segundo Alexandre Silveira, de Minas e Energia, volta da importação de energia elétrica do país vizinho para abastecer Roraima ainda depende de análises técnicas

Foto do author Marlla Sabino
Foto do author Eduardo Gayer
Foto do author Sofia  Aguiar
Por Marlla Sabino , Eduardo Gayer e Sofia Aguiar (Broadcast)

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sinalizou nesta segunda-feira, 29, que já há uma definição política para retomar a importação de energia da Venezuela para abastecer Roraima, único Estado brasileiro que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Contudo, ele ressaltou que é necessário analisar a viabilidade técnica para retomar a compra do insumo do país vizinho.

“A definição política está tomada. A partir de uma definição política, todos nós sabemos, racionalmente, que existem passos técnicos e econômicos”, afirmou o ministro a jornalistas no Palácio do Planalto. Pouco antes, em coletiva de imprensa ao lado do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também indicou o interesse em retomar o negócio com o país vizinho.

Silveira reforçou a defesa para uma integração energética da América do Sul e defendeu que o Brasil feche acordos com países vizinhos para intercâmbios de petróleo e gás natural, além de energia elétrica, desde que haja um bom custo-benefício e segurança energética garantidos em contratos firmes.

Possível volta de importação da energia da Venezuela não interrompe o planejamento para interligar Roraima ao sistema elétrico nacional, diz governo Foto: Ibama/Divulgação

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Segundo ele, as nações vizinhas poderiam, inclusive, socorrer o Brasil em casos de crise hídrica, como aconteceu em 2021. O ministro citou a contratação simplificada realizada em outubro de 2021 pelo governo federal. De acordo com ele, a contratação de térmicas a gás com intuito de mitigar as consequências da grave escassez hídrica registrada em 2021 tem um custo em torno de R$ 40 bilhões para os consumidores.

“Essa cooperação já existe no caso do Gasbol, com a Bolívia. Por que não haver nas grandes potencialidades energéticas, seja de gás, petróleo e de energia, com a Argentina, com a Venezuela e outros países vizinhos? Desde que haja viabilidade econômica e técnica e que isso venha beneficiar o ponto de vista de segurança energética e alimentar da América do Sul, ninguém conseguiu me dar um argumento contra até então”, disse.

Silveira também afirmou que a possível volta de importação da energia da Venezuela não interrompe o planejamento para interligar Roraima ao sistema elétrico nacional, por meio da construção do Linhão de Tucuruí, que ligará Boa Vista a Manaus.

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